Thursday, June 02, 2005

Sempre a procura da relevancia para o consumidor

Sempre a procura da relevância para o consumidor

Tryvertising, neuromarketing, experiential marketing, virtual reality advertising, multimedia product packaging, e que mais?!
O marketing tem vindo a ser cada vez mais povoado por novas palavras, um novo jargão que, se por um lado revela a capacidade imaginativa de muitas empresas consultoras é também e, diria, principalmente resultado do papel crescentemente assumido pela área e pelos seus novos desenvolvimentos.
Assim como em toda a vida actual, as novas tecnologias de informação, de pesquisa, de comunicação, a constante procura de compreensão dos comportamentos e reacções dos consumidores têm vindo a determinar o aparecimento de novas técnicas de conhecimento, de comunicação e persuasão.
E, como em todas as áreas da vida humana, impera aqui de igual modo uma dialéctica que equaciona e coloca na balança os interesses empresariais e os interesses dos consumidores. Há, assim, uma constante pesquisa da eficácia, de eficiência mas que passa naturalmente pela capacidade de relação e atracção do consumidor.
Se o marketing é uma ciência, ele tem também características peculiares, na medida em que ao conhecimento científico tem de agregar toda uma capacidade imaginativa e criadora daqueles que estejam ao seu serviço.
Uma boa ideia, um bom conceito é por vezes mais eficaz que “um bom produto”, na medida em que a diferenciação se faz crescentemente pelas percepções e identidade com que os consumidores se relacionam com as marcas.
A importância desta relação, percebida hoje pelas marcas mais dinâmicas, tem levado algumas a lançar desafios de experimentação, de produtos e serviços, mas também de sensações e impactos dos consumidores no local de venda. Alguns exemplos já existem neste campo, quer de iniciativas isoladas de algumas marcas, quer da cooperação entre várias com o objectivo comum de atrair o cliente ou potencial cliente para o produto. Casos há, como o do empréstimo de viaturas a potenciais clientes para a sua experimentação, como o de a hóspedes de hotéis ceder gratuitamente um automóvel de uma marca colaborante numa acção comum, para experimentação e uso no periodo de estada, ou até a criação de tipos de atmosferas particulares, através de sons, imagens, odores, que pretendem criar um ambiente em que o consumidor se sinta bem, deseje permanecer e, desejavelmente, comprar.
A Marketeer, atenta que está aos novos desenvolvimentos da disciplina e suas práticas, tentará dar voz junto dos seus leitores, das experiências práticas entretanto desenvolvidas, assim como de alguns processos que se encontram ainda no limiar da viabilidade e concretização técnica e humana.

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Carlos Manuel de Oliveira
Nota Editorial Marketeer
Junho 2005

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