Tuesday, December 23, 2008
Um Manifesto anti-Natal?
Um Bom Natal para todos!
Desejo um ano de 2009 com mais optimismo. As "coisas" não vão bem. A crise económica e financeira continua. A desigualdade de distribuição do rendimento a nível planetário é enorme e chocante.
Não estarei a dizer nada de novo, mas lá vai mais um testemunho de alerta.
Afinal como se consegue ser feliz quando há milhões de pessoas no desemprego, com fome, sem o mínimo de condições dignas de subsistência e de vida. Quando algumas doenças já erradicadas dos países mais desenvolvidos proliferam por grande parte do planeta!
Um paradoxo? Desejos de um Bom Natal e um Manifesto anti-Natal!
É que é preciso acabar com a caridadezinha! É politicamente correcto - colete de forças que a nós Portugueses e não só, nos condiciona e leva muitas vezes a agir sem alma e coração - pensar nas desigualdades, nas doenças, na pobreza,... nesta época do Natal. Contribuimos para umas ceias de Natal. Até vamos, se possível, à igreja nesta época.
E depois? Parece que depois do Natal tudo já está resolvido... as doenças são saradas, a pobreza acaba... O que verdadeiramente acaba é a nossa preocupação estereotipada que nos leva a pensar nestas coisas "só" nestas épocas... Ficamos bem connosco próprios, assumimos uma posição socialmente aprovada e resolvemos assim os problemas do mundo.
Vamos lá deixar de brincar com coisas sérias. Não neguemos o Natal, mas pensemos que os problemas não se extinguem nesta época.
Vamos ser activos e contribuir para integrar na nossa vida, na vida das nossas empresas e organizações, uma verdadeira responsabilidade social que não se limite a algumas esmolas fiscalmente eficazes para os resultados financeiros das empresas.
Um Bom Natal para todos
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2 comments:
Subscrevo inteiramente.
Eu assumo, claramente, que sou anti-Natal. Ou seja, sou contra o "espírito natalício" apenas nesta época. O Natal é sempre que o Homem queira. Todos os dias são bons para nascer, para renascer ou para fazermos transformações interiores. É absolutamente necessário que paremos para pensar. Pensar e actuar.
Para bem da Humanidade. Sejamos actuantes e não meros seres passivos.
Se assim não for...o Mundo não avança. E tudo continuará na mesma.
Obrigado ao Dr.Carlos Manuel de Oliveira, pelo alerta que aqui nos deixa. Os economistas também podem ser críticos do sistema. Podem e devem.
Um abraço.
António Martins de Brito
Já passou muito tempo, mas só queria dizer que GOSTEI!
Odeio aquilo em que o Natal se transformou, e também a hipocrisia das caridadezinhas.
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